* Artigo Originalmente publicado no Jornal GAZETA, em Agosto/2017.

Em suma, temos o novo paradigma onde a simulação e os programas substituíram a teoria e a observação, onde o governo determina em grande parte a natureza da atividade científica e onde o papel primordial das sociedades profissionais é o lobby ao governo para vantagem especial.”

 

– Richard Lindzen, físico atmosférico americano conhecido pelo seu trabalho na dinâmica da atmosfera do meio, das marés atmosféricas e da fotoquimiografia do ozônio.

 

Muita gente antes de sair de casa ou até mesmo fazer uma viagem consulta sites de previsão do tempo. Estudar meteorologia talvez seja uma das atividades mais exploradas por nós nos últimos 100 anos. A preocupação desde qual roupa usar, se leva ou não guarda-chuvas e se deixa as janelas abertas, são decisões que tomamos e um verdadeiro exercício de previsão.

 

As simulações são previsões realizadas quando temos dados suficientes. Podemos até inferir resultados a partir de uma pequena base, mas a pesquisa e estudo só vai aumentar as chances de acerto. Estimar um cenário é trabalho da maioria dos planejadores e gerentes de obras. Na fábrica a produção também pode ser simulada e acertos para corte custos feitos.

 

O uso intenso de técnicas de estatística, grande quantidade de dados e apurados algoritmos, tudo facilita o levantamento de cenários. Com isso é possível realizar previsões que beiram a ficção científica. Para quem curte Fórmula 1, sabe que nas corridas as condições climáticas decidem o resultado. Numa pista pode ao mesmo tempo ter chuva e sol. Com potentes computadores os diretores de equipes e da prova podem saber em quanto tempo irá chover e qual a permanência da chuva na pista.

 

 

Teste frio

 

Outra maneira de se estudar um resultado e tentar prevê-lo é com uso de prototipagem. A prototipação é bem comum na indústria automobilística. Antes de um carro ou qualquer componente ser fabricado em escala real, testes e testes são realizados com protótipos do modelo como um todo ou partes. Com esses protótipos é possível estudar o comportamento do vento, resistência de determinado material utilizado e desgastes que possam ocorrer. Além de mais barato é também mais seguro.

 

Os testes a frio são outra forma de avaliar o comportamento do produto. Neste caso é feito na máquina já construída ou em protótipos em tamanho real. É muito comum quando uma laje recebe uma manta para evitar infiltrações e colocam-se litros e litros de água para conferir se existe algum vazamento.

 

Existe ainda a prototipagem rápida, que se trata de um conjunto de tecnologias usadas para se fabricar objetos físicos diretamente a partir de fontes de dados gerados por sistemas de projeto auxiliado por computador (C.A.D). Tais métodos são bastante peculiares, uma vez que eles agregam e ligam materiais, camada a camada, de forma a constituir o objeto desejado. Eles oferecem diversas vantagens em muitas aplicações quando comparados aos processos de fabricação clássicos baseados em remoção de material, tais como fresamento ou torneamento. Um exemplo de prototipagem rápida é a impressão 3D.

 

Estimativas na bolsa de valores

 

Robôs traders são programações realizadas em computador que fazem operações na Bolsa de Valores. Com esses robôs é possível realizar operações na Bolsa de Valores de compra e venda de ativos, tudo baseado em estimativas. Pesadas e complexas simulações são realizadas para se obter o máximo de ganho.

 

Não se trata de tarefa fácil e nem qualquer corajoso consegue bons resultados. Neste tipo de ambiente contar com a sorte é como jogar uma roleta russa com um revólver de calibre 38. Para se tirar proveito das simulações é preciso conhecer bem o ambiente do negócio, seu público e ter acesso a informação de qualidade e confiável.

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