Bom-despachense com atuação arrojada fora dos limites de Minas Gerais

Seguindo com as comemorações de mais de mil edições publicadas este número traz a entrevista com José Humberto Campos da Cunha. Empresário, Sócio/Diretor de Operações de empresas de transporte público de passageiros, escolar e fretamento em 03 unidades empresariais baianas, nos municípios de Barreiras, Serrinha e Jacobina, uma na cidade goiana de Formosa e outra na maranhense Balsas. Casado, três filhas e uma neta, residente em Belo Horizonte, este bom-despachense não dispensa viagens regulares à sua cidade natal para buscar energia para novos desafios.

Ítalo – O seu trabalho é conduzir a tarefa de outros, como isso é feito para gerar resultado no cotidiano?

Humberto – O mundo dos negócios em que vivo me foi apresentado desde criança pelo meu pai, Sebastião Cunha, bom-despachense e um dos pioneiros do transporte por ônibus na capital mineira. Cresci acompanhando o ritmo e as atividades numa garagem com ele e meus tios. Dividi meu tempo de infância entre a escola e o ambiente de oficina, administração e operação de ônibus. Esta riqueza de conhecimentos me dá base para dirigir as empresas e, especialmente contratar mão-de-obra que tenha uma relação prazerosa com este ramo de atividade. Para estar sintonizado com a evolução do mercado, no aspecto de gerenciamento, tecnologia e legislação, conto com o suporte de profissionais de reconhecida qualidade. Amo o que faço. Desperto todos os dias festejando a vida, a família e o trabalho que tenho.

Ítalo – Quais são os negócios na região de BD que jovens empreendedores poderiam desbravar?

Humberto – Sempre achei que a condição de cidade de passagem para outros centros deveria merecer por parte de empreendedores um investimento na área hoteleira e de lazer. O viajante precisa ficar estimulado a fazer uma pausa em Bom Despacho. Deste modo, imediatamente poderíamos cuidar de um roteiro gastronômico sedutor com bons restaurantes. É preciso rever a vocação da cidade.

Ítalo – O que Bom Despacho precisa fazer para atrair bons investimentos?

Humberto – Como eu vinha dizendo temos que recuperar o tempo perdido em relação a processo de captação de negócios e de desenvolvimento industrial, naturalmente atento à questão do meio ambiente, que nos deixou numa posição acanhada em relação a cidades circunvizinhas.  Devemos buscar uma atuação agressiva quanto a incentivos fiscais e demais condições para atrair a instalação de empresas no território bom-despachense.

Ítalo – Bom Despacho era conhecida como centro de serviços públicos, como você vê essa mudança?

Humberto – A minha vida sempre foi pautada por certo inconformismo ao assistir as coisas se perpetuando sem que fosse feito algo no sentido de melhorar, de agregar mais felicidade ao usuário do serviço ou a comunidade. Incomoda-me famílias verem seus filhos partir em busca de oportunidades no mundo acadêmico ou de empregos por absoluta falta de espaço ou iniciativa tanto pública quanto privada em investir em cursos superiores ou em política de atração de empresas captadoras de mão-de-obra que muitas vezes poderiam manter profissionais em sua cidade gerando riquezas e próximos ao círculo familiar. A sociedade deve contribuir para acelerar essa mudança.

Ítalo – Quem é uma pessoa empreendedora no seu conceito?

Humberto – É uma espécie de combinação entre sentido ético e força para movimentar ou capitanear pessoas e recursos para uma atividade latente ou pouco explorada e fazer daquilo algo importante na vida das pessoas e do meio em que se vive.

Ítalo – “Ah se eu soubesse 25 anos atrás…”

Humberto – Teria dado uma contribuição mais efetiva para esta questão que insisti de que a cidade deveria ser mais direcionada para uma vocação desenvolvimentista com atração de empresas e negócios que significassem oportunidades para o bom-despachense prosperar junto de sua queridíssima cidade.

Ítalo – Quais as empresas em BD você vê com grandes chances de se despontarem ao longo dos anos?

Humberto – Estamos sabidamente vivendo a era dos serviços e da comunicação. Nesse sentido Bom-Despacho não pode se afastar desta tendência e deve alavancar as empresas destes ramos que citei e que são geradoras de muitos postos de trabalhos e riqueza. Desta forma, o dinheiro circulará com mais intensidade, criando novos consumidores de serviços e bens, incrementando novos negócios que por sua vez gerarão mais arrecadação de tributos e capacidade do Poder Público investir no município. Isto é o que chamamos de círculo virtuoso.

 

Rápidas e Rasteiras:

Saiba escolher seu candidato nas Eleições 2008: você e o município saem perdendo quando você escolhe candidatos do tipo “rouba, mas faz”, vale a pena pensar um pouco mais. Seu voto vale muito!

Parabéns ao Colégio Tiradentes: os alunos de Sociologia estão desenvolvendo trabalho voluntário em creches da cidade, já teve uma que ligou para a escola parabenizando a atuação dos alunos.

Desgosto no Colégio Tiradentes: não existem mais aulas à noite, bem que nossa Polícia Militar poderia ministrar lá cursos à noite como profissionalizantes, Telecurso 2000, preparatórios para concursos e vestibulares.

Centro Administrativo Estadual: as obras no antigo Jóquei Serra Verde (Belo Horizonte) estão de vento em popa, passando lá pude contar 12 gruas (guindastes), uma foi montada especialmente, as construções não param, são 24 horas diárias de atividades.

Padre Aventino no Museu da Cidade: O MdC apresenta em seu acervo antigas peças de decoração, objetos religiosos e outros de uso pessoal e doméstico, fotos, imagens, livros e documentos do padre Aventino Alves Machado, primeiro diretor de nosso antigo Ginásio Estadual. Sacerdote virtuoso e querido, padre Aventino destacou-se como grande educador em duas cidades mineiras: Bom Despacho, sua terra natal, e Sabará, onde viveu durante muito tempo e foi reconhecido como uma de suas personalidades mais notáveis. Contato: Júlio Benigno (tel. 3522-2553).

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