Muita gente busca treinar sua mente para tirar de cada situação o que ela tem de melhor. Às vezes isso beira a utopia e a ingenuidade. Fico pensando no que há de melhor vendo pessoas passando fome ou sendo agredidas gravemente apenas pela sua opção política ou sexual.

Já disse em algum momento que o mundo está ficando chato. Tenho saudades do Mussum, dos Trapalhões, do Nazareno, personagem do Chico Anysio e do Gordinho fazendo ginástica do Jô Soares.

Foi no Posto Primavera que presenciei duas coisas extremas. O vídeo do Fabinho correu o Brasil. Recebi de amigos de vários lugares pelo Whatsapp. A postura do Zezinho e família em apoiar os caminhoneiros foi sensacional. Ao mesmo tempo a faixa que vi dias depois pedindo intervenção militar me deixou preocupado.

Será que as pessoas têm ideia das atrocidades da época do regime militar? Foi instaurado no Brasil um regime ditatorial, dos mais sanguinários e aberrantes que a história moderna pôde registrar. Em uma intervenção militar, com regras mais duras, a imprensa é automaticamente censurada. Whatsapp, Twitter e Facebook são limitados em países como China, Irã e Coréia do Norte. Sai pra lá assombração!

O movimento grevista parando a BR 262 próxima ao trevo de Bom Despacho foi oportuno. Mostrou como esta classe precisa ser ouvida e receber mais atenção. Mas também nos provou a dependência que temos de rodovias e do transporte por caminhões. Nos anos 70 e 80 desmantelamos nossas ferrovias. As consequências aparecem agora.

Vimos também o gosto estúpido da riqueza oportunista gerada pela ganância. Bujão de gás com o dobro do preço, gasolina a quase R$6,00. Alimentos com o triplo ou o quádruplo do valor normal. Em países em crise, os comerciantes chegam a praticar preço de custo ou até mesmo a doar. Provamos mais uma vez que o jeitinho brasileiro é a pá de cal para o sepultamento do nosso sentimento de nação.

“Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim”
(Cazuza)

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