Inovação e criação de patentes estimulam os negócios

O processo de inovação em uma empresa não passa obrigatoriamente pelo desenvolvimento de algo novo e inusitado. Vamos aos extremos: se seu negócio hoje em dia ainda usa máquina de escrever para preencher formulários e resolve comprar um computador para melhorar os processos empresariais, você inovou. Outro exemplo: se você tem uma empresa de tornearia, corta chapas utilizando maçarico e de uns tempos para cá adquiriu uma máquina de corte a plasma, está aí outro exemplo de inovação.

Quando seu negócio comprova a agentes financiadores que a aquisição de um novo equipamento trará melhorias para seu processo produtivo, está caracterizada a inovação. Os benefícios são muitos, é possível conseguir taxas de juros menores para empréstimos em instituições como o BNDES, BDMG, CAIXA e Banco do Brasil. O governo tem feito campanhas intensificando e disseminando a cultura da inovação. Recentemente a FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) lançou o programa PRIME 120, com aportes governamentais, onde a empresa que comprovar algo de inovador passará por um treinamento em plano de negócios, aqueles aprovados receberão R$120 mil a fundo perdido para aplicar nessa inovação.

Um dos maiores núcleos de inovação do Brasil, atrás apenas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) no que diz respeito ao registro de patentes, a CTIT (Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica) da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) já registra faturamento de US$ 1 milhão com a venda de conhecimento produzido na instituição. E a intenção do CTIT é tornar-se auto-sustentável a partir do registro de patentes.

“As patentes já registradas e que viraram produtos ajudam de certa maneira. Para aumentar esse valor significativamente, tem de ser uma patente de muito sucesso”, diz Carlos Alberto Tavares, pró-reitor de pesquisa da instituição. O CTIT foi criado em 2005 e faz parte de uma decisão política da instituição de investir em desenvolvimento tecnológico, o que inclui o pagamento de patentes com recursos da própria universidade. “Isso protege o conhecimento que é gerado dentro da UFMG além do fato de podermos ter algum recurso financeiro proveniente disso”, explica Tavares.

Atualmente, como o CTIT ganha notoriedade dentro da UFMG, é procurado por muitos professores que desejam fazer pedidos de registro de patentes. No entanto, em muitos casos o caminho é inverso e o Centro toma conhecimento das pesquisas em andamento na universidade por meio da pró-reitoria de pesquisa. “Os pesquisadores se registram em grupos de pesquisa no CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e nós temos o conhecimento desses grupos e das linhas de pesquisa”, diz Tavares.

Outro caminho para o registro de patentes é o relacionamento direto com o mercado. Mas há, no entanto, a limitação de que a instituição não pode oferecer patentes diretamente para a indústria. Nesses casos, é necessário fazer a oferta por meio de editais, o que para Tavares prejudica o sigilo das pesquisas. “O problema é que às vezes temos que revelar detalhes da patente no edital, o que é uma coisa que não gostaríamos”, declara ele.

Tavares cita um caso, que considera emblemático, de uma indústria que procurou o CTIT para desenvolvimento de uma nova tecnologia. “O empresário, de Nova Serrana, solicitou o desenvolvimento de um tênis para vencer a concorrência com os chineses”, conta. O chamado foi publicado e foram realizados estudos sobre o modo como os alunos caminham. Os resultados foram enviados para a engenharia mecânica que, por fim, desenvolveu o calçado. “Esse caso gerou patente e um produto, que foi lançado há um mês e é um sucesso na Grande Belo Horizonte. Além disso, está gerando lucro para a UFMG, que tem participação nas vendas”, comemora Tavares.

Mais informações pelos sites: www.fiemg.com.br, www.ufmg.br e www.itinovador.org.br.

O artigo contou com informações do portal de Notícias Universia.

Rápidas e Rasteiras:

Municípios menores podem apresentar projetos ao Minha Casa, Minha Vida: até 28 de outubro, as localidades com até 50 mil habitantes podem pedir a inclusão de projetos. Os governos estaduais interessados em incluir as cidades desse porte no plano habitacional também podem apresentar as propostas. Mais informações na agência da CAIXA na Praça da Matriz ou pelo site www.caixa.gov.br

Itambé Pará de Minas: planeja expansões na sua unidade, oportunidade para construtores e empregos gerados na região.

Noite Italiana Rotary Club: será realizada pelo R. C. Bom Despacho Arraial no próximo dia 24/10. Trata-se de uma importante festa de massas variadas e que todos os anos reúne um grande público no SESC. A festa está se tornando tradição na cidade e vale a pena comparecer. Mais informações com os rotarianos na cidade.

Semana do Trânsito: nossos cumprimentos à Secretaria Municipal de Trânsito e aos parceiros pela realização desse evento. Foi uma importante e acertada campanha que temos certeza será implementada nos próximos anos visando sempre a conscientização de todos.

Rádio Ativa: vale destacar a importância deste veículo de comunicação de nossa cidade que cada dia vem crescendo sua audiência. Parabéns à diretoria da rádio e em especial ao locutor e coordenador da produção Washington Rodrigues.

Projeto Trilhas da Natura: promovido pela empresa de cosméticos Natura, a iniciativa acontece em mais de 210 municípios do Brasil, inclusive Bom Despacho. Visa criar oportunidades para que crianças da pré-escola tenham maior acesso à literatura infantil, e, consequentemente, à cultura escrita. O projeto está dividido em caixa um: trilhas para ler e escrever textos; caixa dois: trilhas para abrir o apetite poético; caixa três: trilhas de jogos, que propõem instrumentalizar e apoiar o trabalho dos professores que atuam com alunos de quatro a cinco anos com o objetivo de inseri-las no universo letrado e desenvolver a competência linguística, tanto oral quanto escrita. Este ano ele tem foco na Educação Infantil. Mais informações com a Secretaria de Educação da cidade.

Participação política em alta: recentemente o presidente da Natura se filiou ao Partido Verde (PV), a ex-ministra do meio-ambiente Marina Santos havia feito o mesmo. Atos como esses têm demonstrado o avanço de empresários e intelectuais em causas sociais e políticas. Em Bom Despacho o envolvimento de jovens com partidos políticos tem aumentado. O PMDB Jovem da cidade tem feito excursões para participar de eventos na capital mineira.

Desemprego cai, confiança na indústria aumenta: sem dúvida estamos voltando a crescer, os índices macro-econômicos apontam para um período de retomada. Passarinho que chega primeiro bebe água limpa, sendo assim, você ou sua empresa estão preparados para as oportunidades?

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Ítalo Coutinho é Professor e Coordenador do Curso de Gestão Estratégica de Projetos e Empreendimentos da UNIPAC, contatos para essa coluna pelo e-mail engenharia@saletto.com.br.

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