* Artigo Originalmente publicado no Jornal GAZETA, em Junho/2017.

 

“O conhecimento e a conscientização de todos os colaboradores

– sejam empregados próprios ou terceiros –

de que o Ativo é o conjunto de bens destinados à manutenção

e estabilidade da atividade econômica da empresa

 – seja na produção de peças ou serviços – é fundamental.”

 

– Teanes Silva, professor da UNIAN-SP, Consultor de Segurança e Riscos

 

A norma ISO 55001, do inglês “Asset Management – Management Systems – Requirements”, em livre tradução Sistema de Gestão de Ativos, define um conjunto de requisitos que ao serem implementados e mantidos, permitem garantir o bom desempenho da gestão dos ativos de uma organização, respondendo às necessidades e expectativas das partes interessadas e assegurando a criação e a manutenção de valor.

 

A Gestão de Ativos vai antes e além da percepção simples de Manutenção. Ela se preocupa em compreender o ativo, ou seja, o bem da empresa, do ponto de vista desde sua ideliazação no negócio da empresa, sua compra, instalação, manutenção, troca ou repotenciamento, até seu desligamento ou descomissionamento.

 

É difícil compreender a saúde de uma indústria se não houver uma preocupação com ferramental, máquinas e instalações. Também é preciso analisar todo o contexto onde tudo isso opera e condições auxiliares como layout fabril, energia elétrica, estocagem, etc.

 

Pensar a Confiabilidade

 

As máquinas em sua empresa são 100% confiáveis? Em um dia de serviços nenhuma delas irá quebrar? A Confiabilidade é a capacidade do sistema industrial de realizar e manter seu funcionamento em circunstâncias de rotina, bem como em circunstâncias hostis e inesperadas. Pode referir-se a:

  • Teoria da confiabilidade, teoria que descreve a probabilidade de um sistema completar a sua função durante um intervalo de tempo
  • Engenharia de confiabilidade, um campo específico no estudo de sistemas e seu funcionamento

 

A resposta para as perguntas do primeiro poderia ser algo assim: 100% de confiabilidade custaria alto. Mas será que precisamos de total confiança? Equipamentos críticos sempre, aqueles que podem ter fácil manutenção e que não tragam prejuízos à segurança dos operadores e aos resultados da produção, podem entrar numa faixa de menor confiabilidade. Afinal de contas o importante é entender até quanto e quando confiar.

 

Não esquecer da operação

 

O mundo ideal, muitas vezes modelado na hora de viabilizar o negócio, é que a produção vai trabalhar a todo vapor. Sejam pessoas, máquinas ou instalações elétricas e prediais, tudo tem seu limite. A equipe de produção dará seu máximo para alcançar a produtividade esperada. O que vemos é uma realidade onde não existem uma visão mais realista da produtividade e ações para garantir uma produção com qualidade, segurança e contínua.

 

Quando a empresa começa a produzir, se estamos observando uma indústria nova, uma série de ações são necessárias para se chegar a curva normal de produção. O dia-a-dia é cheio de surpresas, pior ainda para parques industriais com baixa confiabilidade.

 

Alinhar com a Empresa

 

É preciso conhecer o parque fabril e alinhar o planejamento da produção com a capacidade produtiva e intervenções. É necessário também pensar tudo alinhado com a viabilidade e a sustentabilidade do negócio. Em baixa de produção nem todas as máquinas possuem um modo de hibernação, correndo-se o risco de serem danificadas se ficarem muito tempo sem produzir ou ações de manutenção.

 

Ao empresário, além de conhecer de Marketing e Logística, cabe-lhe alinhar pessoas, métodos, máquinas e instalações dentro de um modelo de negócio o tempo todo avaliado e com indicadores. Afinal de contas o mercado é dinâmico, os equipamentos podem gerar os resultados esperados, mas tudo dentro de limites e premissas.

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