* Artigo Originalmente publicado no Jornal GAZETA, em Agosto/2017.

 

Mandar os humanos de volta para a lua não seria vantajoso. Seria mais de 50 anos após a aterrissagem da primeira vez quando chegamos lá, e provavelmente seríamos bem-vindos pelos chineses. Mas devemos voltar para a Lua sem astronautas e construir, com robôs, uma base lunar internacional, para que possamos construir uma base em Marte de forma robótica..”

 

– Buzz Aldrin, astronauta americano dos Projetos Apollo.

 

Quando a palavra robô vem em nossa mente inevitavelmente lembramos dos The Jetsons, famosa série de desenho animada americano que lotou nosso imaginário. Na série uma emprega doméstica robô, com mil e uma habilidades, também demonstra personalidade e interage com a família do futuro. Ainda vamos demorar um pouco para esse grau de tecnologia, mas muita coisa anda acontecendo.

 

A robótica está presente fortemente na indústria automobilística. Hoje é impensável montar uma linha de montagem de carros sem a presença de robôs na soldagem e na pintura. Outras etapas mais complexas ainda têm a intervenção humana, certamente por pouco tempo.

 

A garotada que conhece de programação já usa os chamados bots para que determinado personagem avance no jogo. Quando estão estudando os bots tomam decisões e não deixam o jogo online nunca parar. Não estamos falando de alunos de nível superior e sim de escola média, com seus 14 e 15 anos de idade. O desafio desperta a curiosidade e desperta habilidades.

 

Somos movidos pelo desafio, criar sistemas sejam meactrônicos ou de software que copiam nossas habilidades está no topo da mais alta aplicação de diversas tecnologias. É um mix de disciplinas da Engenharia e da Tecnologia da Informação. Impensável tudo isso ocorrer anos atrás, a facilidade da comunicação faz com que grupos trabalhem em sistemas robóticos em todo o mundo.

 

Robô no espaço

 

Recentemente a JAXA (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial) publicou imagens da nova câmera que ajudará os astronaustas na Estação Espacial Internacional (ISS). O novo colega dos astronautas, conhecido como Int-Ball, tem formato esférico e dois “olhos”, fazendo com que o robozinho lembre a personagem Eve, do filme da Wall-E.

 

O que mais chamou a atenção robô é que ele flutua, como se fosse um drone, e pode ser controlado por cientistas na Terra. A máquina também transmite mensagens em tempo real, o que possibilita que problemas na Estação Espacial possam ser rapidamente resolvidos com auxílio de outros cientistas.

 

O próximo passo é desenvolver robôs que consigam sair da ISS ou de naves e realizar atividades no espaço. Sejam atividades de experimentos, reparo de satélites ou exploração da Lua ou Marte. A ideia não está longe, porém os investimentos são muito altos.

 

Mercado financeiro atento

 

Certamente a 3ª Grande Guerra se passará no Ciberespaço. Ela tem grandes chances de se iniciar por motivos econômicos provocados por grandes desequilíbrios. A nossa capacidade de processamento e raciocínio vem rapidamente sem multiplicada algumas vezes por sistemas computacionais. E se esses mesmos sistemas por meio de robôs agissem indiscriminadamente no Mercado Financeiro? Caos!

 

O uso de robôs não é assim para qualquer um. Não basta alugar o software e no instante seguinte ele gerar resultados rentáveis. Trash in, Trash out. Esta frase da turma de Sistemas diz claramente isso. Se do lado de cá do teclado não tiver um conhecedor de mercado financeiro, de nada servirá.

 

Não se preocupe, existem bloqueios nas bolsas de valores para que a última ordem sempre seja de um humano. Por enquanto nada de grave ocorreu, mas toda vez que deixamos a máquina atuar os riscos aumentam e muito.

Posts Relacionados

Deixe um comentário